quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Relação entre Biotecnologia, Meio Ambiente e Sustentabilidade: aspectos positivos e negativos.

                Para Pereira (2012), a biotecnologia pode ser conceituada como tecnologias utilizadas entre seres vivos ou partes deles, como instrumentos para obter-se produtos de valores.
                Para isso, ainda Pereira (2012) afirma que:
“A biotecnologia se relaciona interdisciplinarmente com a biologia molecular, bioquímica, microbiologia, engenharia bioquímica, fisiologia, imunologia, genética, engenharia química, ciências da computação e tecnologia industrial dentre outras”. (PEREIRA 2012, pág. 10)
                  
                   Assim, em 2005 foi aprovada a Lei de Inovação que estabeleceu regras com finalidades de efetivar uma parceria produtiva entre os setores público e privado podendo beneficiar ambas as partes. (FELIPE, 2007).
                 Para Felipe (2007),

“A política de desenvolvimento da biotecnologia, oficialmente lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro de 2007, veio complementar os trabalhos do Fórum.Com a previsão de destinar R$ 10 bilhões ao setor ao longo dos próximos dez anos, a política traz uma proposta de como focar e viabilizar a interação entre governo, academia e setor empresarial, visando catalisar o processo de geração de produtos, processos e patentes, especialmente nas áreas de saúde humana, agropecuária, indústria e ambiente”. (FELIPE, 2007, pág. 3).

                Nesse contexto, encontramos manifestações de autores contrastando nesse sentido.
               Para Coutinho et al (2010), “A biotecnologia animal tem fornecido novas ferramentas para os programas de melhoramento e, dessa forma, contribuído para melhorar a eficiência da produção dos produtos de origem animal”.
              Ainda, Coutinho et al (2010)diz que:
A biotecnologia tem sido empregada na produção de bens e serviços por meio do uso de organismos vivos ou parte deles. Diversas atividades que vêm sendo realizadas pelos seres humanos há milhares de anos, como a produção de alimentos fermentados (pão, vinho, iogurte, cerveja etc.), são exemplos do emprego da biotecnologia. Mas foi só a partir da descoberta da estrutura do DNA por Watson e Crick, em 1953, e da tecnologia do DNA recombinante, na década de 1970, que a biotecnologia moderna tem sido empregada para designar o uso da informação genética obtida diretamente do DNA. (COUTINHO et al 2010, pág. 1)
                Entretanto, segundo Felipe (2007), nós seres humanos usamos diferentes meios e formas que vão além das nossas necessidades e consumo para a nossa sobrevivência, acarretando desta maneira vários problemas no meio ambiente em que vivemos.
               Dourado e Matos (2014) diz que: Uma das aplicações da biotecnologia são os organismos geneticamente modificados (OGM), apresentando vantagens, mas, também, sendo referidos como organismos potencialmente perigosos.
               Dentre outras vantagens, Segundo Diniz e Ferreira (2010), é que com:
O advento da biotecnologia moderna, em particular a disseminação das técnicas de manipulação genética, alterou de diferentes maneiras a pesquisa de vacinas, sejam elas de primeira, segunda ou terceira geração, o que tem contribuído de forma decisiva para o aprimoramento de seus processos de produção e desenvolvimento. (DINIZ; FERREIRA. 2010)

                 Nesse contexto, portanto, sabe-se que estudos biotecnológicos têm surgido como uma esperança para curas de doenças incuráveis, entre outros exemplos, que beneficiam a sociedade em geral, mas não podemos negar a outra vertente que essas pesquisas inovadoras podem deixar como consequência.
                Então, nós seres humanos, através do uso de nosso raciocínio, um planejamento intelectual elaborado e aquisição de vários instrumentos e ferramentas (PEREIRA, 2007), trabalhemos em pesquisas biotecnológicas, mas no sentido de que a vida vale mais que patentear qualquer produto.



            

REFERÊNCIAS


COUTINHO. L.L; ROSÁRIO. M.F; JORGE. E.C. Biotecnologia animal. Estudos avançados 24 (70), 2010.

DINIZ. M.O; FERREIRA. L.C.S. Biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext_pr&pid=S0103-40142010010400001.  Acesso em: 19/11/2015.

DOURADO. L; MATOS. L. A problemática dos organismos geneticamente modificados e a formação científica do cidadão comum: um estudo com manuais escolares de Ciências Naturais do 9º ano adotados em Portugal. Ciênc. Educ., Bauru, v. 20, n. 4, p. 833-852, 2014.

FELIPE. M.S.S. Desafios na área de biotecnologia. NOVOS ESTUDOS. CEBRAP. 78, julho 2007 pp. 11-14.

PEREIRA. A.J. Biotecnologia: histórico e desenvolvimento. UECE. 2012.


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