Para Pereira (2012), a
biotecnologia pode ser conceituada como tecnologias utilizadas entre seres
vivos ou partes deles, como instrumentos para obter-se produtos de valores.
Para isso, ainda Pereira (2012)
afirma que:
“A
biotecnologia se relaciona interdisciplinarmente com a biologia molecular,
bioquímica, microbiologia, engenharia bioquímica, fisiologia, imunologia,
genética, engenharia química, ciências da computação e tecnologia industrial
dentre outras”. (PEREIRA 2012, pág. 10)
Assim,
em 2005 foi aprovada a Lei de Inovação que estabeleceu regras com finalidades
de efetivar uma parceria produtiva entre os setores público e privado podendo
beneficiar ambas as partes. (FELIPE, 2007).
Para Felipe (2007),
“A
política de desenvolvimento da biotecnologia, oficialmente lançada pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro de 2007, veio complementar os
trabalhos do Fórum.Com a previsão de destinar R$ 10 bilhões ao setor ao longo
dos próximos dez anos, a política traz uma proposta de como focar e viabilizar
a interação entre governo, academia e setor empresarial, visando catalisar o
processo de geração de produtos, processos e patentes, especialmente nas áreas
de saúde humana, agropecuária, indústria e ambiente”. (FELIPE, 2007, pág. 3).
Nesse contexto, encontramos manifestações
de autores contrastando nesse sentido.
Para Coutinho et al (2010), “A
biotecnologia animal tem fornecido novas ferramentas para os programas de
melhoramento e, dessa forma, contribuído para melhorar a eficiência da produção
dos produtos de origem animal”.
Ainda, Coutinho
et al (2010)diz que:
A
biotecnologia tem sido empregada na produção de bens e serviços por meio do uso
de organismos vivos ou parte deles. Diversas atividades que vêm sendo
realizadas pelos seres humanos há milhares de anos, como a produção de
alimentos fermentados (pão, vinho, iogurte, cerveja etc.), são exemplos do
emprego da biotecnologia. Mas foi só a partir da descoberta da estrutura do DNA
por Watson e Crick, em 1953, e da tecnologia do DNA recombinante, na década de
1970, que a biotecnologia moderna tem sido empregada para designar o uso da
informação genética obtida diretamente do DNA. (COUTINHO et al 2010, pág. 1)
Entretanto, segundo Felipe (2007), nós seres humanos usamos diferentes
meios e formas que vão além das nossas necessidades e consumo para a nossa sobrevivência,
acarretando desta maneira vários problemas no meio ambiente em que vivemos.
Dourado e Matos (2014) diz que: Uma
das aplicações da biotecnologia são os organismos geneticamente modificados
(OGM), apresentando vantagens, mas, também, sendo referidos como organismos
potencialmente perigosos.
Dentre outras vantagens, Segundo
Diniz e Ferreira (2010), é que com:
O advento da biotecnologia
moderna, em particular a disseminação das técnicas de manipulação genética,
alterou de diferentes maneiras a pesquisa de vacinas, sejam elas de primeira,
segunda ou terceira geração, o que tem contribuído de forma decisiva para o
aprimoramento de seus processos de produção e desenvolvimento. (DINIZ;
FERREIRA. 2010)
Nesse
contexto, portanto, sabe-se que estudos biotecnológicos têm
surgido como uma esperança para curas de doenças incuráveis, entre outros
exemplos, que beneficiam a sociedade em geral, mas não podemos negar a outra
vertente que essas pesquisas inovadoras podem deixar como consequência.
Então, nós seres humanos, através
do uso de nosso raciocínio, um planejamento intelectual elaborado e aquisição
de vários instrumentos e ferramentas (PEREIRA, 2007), trabalhemos em pesquisas
biotecnológicas, mas no sentido de que a vida vale mais que patentear qualquer
produto.
REFERÊNCIAS
COUTINHO. L.L; ROSÁRIO. M.F; JORGE.
E.C. Biotecnologia animal. Estudos
avançados 24 (70), 2010.
DINIZ. M.O; FERREIRA. L.C.S. Biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext_pr&pid=S0103-40142010010400001.
Acesso em: 19/11/2015.
DOURADO. L; MATOS. L. A problemática dos organismos geneticamente
modificados e a formação científica do cidadão comum: um estudo com manuais
escolares de Ciências Naturais do 9º ano adotados em Portugal. Ciênc.
Educ., Bauru, v. 20, n. 4, p. 833-852, 2014.
FELIPE. M.S.S. Desafios na área de biotecnologia. NOVOS ESTUDOS. CEBRAP. 78, julho
2007 pp. 11-14.
PEREIRA. A.J. Biotecnologia:
histórico e desenvolvimento. UECE.
2012.
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